sexta-feira, 28 de maio de 2010

Para meu pai e meus irmãos...

Noite alta, céu risonho

A quietude é quase um sonho

O luar cai sobre a mata

Qual uma chuva de prata

De raríssimo esplendor
Só tu dormes, não escutas

O teu cantor

Revelando a lua airosa

A história dolorosa

Deste amor
Lua, manda a tua luz prateada

Despertar a minha amada

Quero matar meus desejos

Sufocá-la com os meus beijos
Canto

E a mulher que eu amo tanto

Não escuta,

Está dormindo
Canto e por fim

Nem a lua tem pena de mim

Pois ao ver que quem te chama sou eu

Entre a neblina se escondeu
Lá o alto a lua esquiva

Está no céu tão pensativa

As estrelas tão serenas

Qual dilúvio de falena

Andam tontas ao luar
Todo astral ficou silente

Para escutar

O teu nome entre as endeixas

As dolorosas queixas ao luar

( Noite cheia de estrelas - Cândido das Neves )