Estava em Curitiba no final de semana, aniversário da Marininha...muito bom, rever pessoas queridas...um calooor...muitas "brejas" supergeladas e muitos assuntos enrolados depois das tais "brejas".
Um assunto muito polêmico e de importância crucial para que possamos nos livrar de "traumas infantis", foi sobre a cantiga de roda chamada "Samba Lelê". O Binho levantou o problema e imediatamente conseguiu sensibilizar a mim e ao Vilo, o Eder estava sóbrio por conta da "lei seca" imposta a êle...ficou de fora, só observando e quem sabe até envolvido na "louca efervescência" da discussão. Agora me respondam, alguém por aí conhece a tal Lelê? Essa infeliz criatura estava doente e talvez por conta de um mal súbito causado pela "doença", caiu e bateu com a cabeça numa quina, conclusão...traumatismo craniano. Mesmo doente e com a cabeça quebrada a desgraçada foi sambar...quem sabe numa quadra ensaiando o samba enredo da escola ... na ala das baianas, pois pisava na barra da saia ao sambar...(só na ala das baianas a gente tem a possibilidade de pisar na barra da saia...hehehe). Bom, para encurtar o assunto, o traumatismo voltou a sangrar...a mãe da Lelê ficou tão p...da vida, que gritou para quem quisesse ouvir, que a Lelê precisava era de umas boas lambadas...( por ter desobedecido ordens médicas de "repouso absoluto"). Gostaria muito de ter notícias da Lelê...será que já sarou?
Samba Lelê tá doente,
Tá com a cabeça quebrada.
Samba Lelê precisava
É de umas boas lambadas.
Samba, samba, samba, ô Lelê!
Pisa na barra da saia, ô Lelê.
Depois dessa, o Vilo levantou também o problema dos "Escravos de Jó"...mas este será assunto para a próxima postagem...
2 comentários:
Cecilia, tenho uma outra interpretação deste samba de roda:
- a Lêle, não é uma pessoa, mas um ritmo ou uma palavra de sonorização que ajuda na letra do samba, ex: Lalá, lalará, lele, atualmente chão, chão ou rebolation, ja americanizamos o som da palavra chão,rs.
- cabeça quebrada o tema ou som ritmo estava fraco.
- estava precisando de uma boa lambada ou seja de um bom sacolejo, bem frenetico ate pisar na barra da saia, nas cantigas de roda a mulheres usam saias rodadas e cumpridas.
Tenho nuns amigos que um dos passatempos, era ficar teorizando esses tipos de cantigas principalmente de origens africanas.
Sabe, Cecília, a última vez que a vi, a Lelê tinha se recuperado plenamente, mas continuava merecendo umas boas palmadas, pois, veja você, relatava em cantiga sua última peripécia: "Atirei o pau no gato-to, mas o gato-to não morreu-reu-reu...
Você que gosta tanto dos bichanos, cuide-se de protegê-los, se souber que a Lelê está por perto.
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