domingo, 18 de abril de 2010

Para o Binho, Heliolinha e Vilo, meus irmãos.


A saudade que insiste em apertar meu coração é de nós mesmos...
crianças, num imenso quintal de terra vermelha a brincar, livres de preocupações ordinárias, extraordinárias e canalhas que emporcalham o pensamento. Para vocês tres, meu desejo de estarmos os quatro sempre juntos ...eternamente.

Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

Nenhum comentário: